24/06/2011

Nunca morre

Era uma vez três melhores amigas. Eram inseparáveis como ninguém. Unidas como ninguém. Iam para todo o lado juntas. Partilhavam todos os segredos, e fofoquices. Cresceram juntas. E cada uma era maluca à sua maneira. Davam beijinhos umas às outras. Riam-se todos os dias, até não conseguir mais. Faziam festas de anos inesquecíveis. Gravavam videos das suas parvoíces. Faziam directas imensas vezes. Tiveram as suas discussões, mas nada que não passasse. Passavam férias juntas. Aulas juntas. Intervalos, sempre juntas. E um dia, receberam uma notícia. Que duas delas iam mudar de escola. E que muita coisa ia mudar. Choraram durante alguns dias, pois sabiam que se iam separar. E apesar da escola não ser muito longe, não ia ser a mesma coisa. Combinaram almoçarem juntas pelo menos duas vezes por semana, e isso foi-se mantendo até umas semanas depois, já não falarem muito. Era raro verem-se, e falarem-se. Ainda iam trocando algumas mensagens, e tentando combinar algumas saídas, mas nunca foi como dantes. Começaram a fazer outras amigas, e começaram a esquecer um bocado as outras. Apesar, de sentirem sempre um apertão cá dentro. Mas fizeram novas amizades. Como se tivessem começado do zero. Tiveram outras melhores amigas. E de vez em quando viam-se na rua, cumprimentavam-se e tal. E já nada foi como dantes. Agora sentem a falta umas das outras. E vão falando, e relembrando que se amam. Que todas se amam.
Uma dessas amigas era eu. E quando me separei delas, pensava que a minha vida nunca mais seria igual. Que não ia fazer amigas. Que ia passar os intervalos a chorar pelos cantos. Mas não. Aprendi que nada acabou aqui. Que podemos sempre ter mais amigas. Desde que nunca esqueçamos as outras. Foi o que eu fiz. Por uns tempos, andávamos distantes. Mas agora, falo com elas, pelas redes sociais, por mensagens, e até quando nos vemos. Apesar de ter saudades das minhas meninas, estou bem assim. Como vocês também estão. Amo-vos muito, e não vos esqueço por nada deste mundo.



finally ♥

Estava a ver que nunca mais chegava o momento em que te iria ver outra vez, em que iria receber mensagens tuas, em que ia simplesmente, voltar a falar contigo. Como sabes, passaram dois meses. Sabes o quanto me custou estar longe de ti dois meses? Só eu e Deus sabemos a minha dor. Sabes que me desiludiste, e me magoaste como ninguém. E apesar de tudo, ainda não te perdoei. Talvez nunca perdoe, ou irei perdoando com o tempo. Já foste a pessoa mais importante da minha vida, com que vivi mais momentos. E voltar a ver o teu sorriso, voltar a cumprimentar-te, relembrou-me do nosso passado. De quando passava vinte e quatro horas contigo. Ou até mais. Quando fazíamos dormidas, e milhares de coisas juntas. Eras a minha melhor amiga, mas não por os teus actos, mas por seres a pessoa com quem passava a maior parte do meu dia. Porque muitas vezes, nem agias como uma melhor amiga. E eu ia sempre deixando passar os teus erros. Ia sempre fechando os olhos. Até que chegou o dia. E desde aí, pronto, nunca mais houve um «nós». Passaram dois meses. Ambas morríamos de saudades. Porque simplesmente éramos inseparáveis. Íamos juntas para todo o lado. De férias, acampamentos, escavações, férias activas, TUDO. E eu não me esqueço de nada, por muito mais que pareça. Porque me deste os melhores treze anos da minha vida, e agradeço-te por tudo.
Não te consigo desculpar ainda, mas sabes que apesar de tudo, podes contar comigo. Estarei sempre disposta a ajudar-te no que precisares. Abrir-te os olhos para muitas coisas, por muito mais pequenas que elas sejam. Para te ensinar a distinguir o certo e o errado, que muitas vezes não o sabes. Eu ajudo-te no que for preciso, disso não duvides. Posso ter mudado, mas continuo eu. A Mariana que sempre conheceste.
Não penses que te odeio, porque isso não é verdade...Eu continuo a amar-te como sempre te amei. Apesar de todos os teus erros. Dei-te uma segunda oportunidade, e espero que a aproveites bem, porque é a última que te dou, garanto-te. Minha irmã, é muito bom voltar a ter-te de volta. E desde que começámos a falar, eu ando mais feliz. Acredita que ando. Parece que uma parte de mim se voltou a reconstruir, tu percebes-me. Há uns anos, éramos almas gémeas. Tínhamos tudo igual. Tínhamos os mesmos gostos. As mesmas ideias, ao mesmo tempo! Éramos muito mais que melhores amigas, mas sim, irmãs. Quase de sangue. E não me esqueço de quando nos vinham pergunatar: "são gémeas? irmãs? primas?". Nós ficávamos super contentes. Lembro-me de todas as brincadeiras. E, sinceramente, ainda me lembro do teu cheiro. Do teu jeito quando mexias no meu cabelo. Das tuas expressões. Do teu sorriso. Do teu olhar. Da tua maneira de andar. De tudo. Eu tenho saudades tuas, e de tudo o que fomos. Tenho saudades da nossa infância. Mas aqui, e agora, te garanto que não vamos ficar por aqui. Podemos já não ser a mesma coisa, mas somos amigas. E as amigas, amam-se. E quem ama protege. Vais ver que muita coisa vai voltar.
Apesar de tudo, foram onze anos. Uma vida a teu lado. Minha irmã, eu ainda te amo ♥

20/06/2011

Já me começo habituar a não te ter comigo. Começo a perceber que afinal consigo viver sem ti. E apesar de ter imensas saudades, não te consigo perdoar. Porque comigo erraste tantas vezes, e eu sempre te desculpei de tudo, então decidiste continuar a errar, como se eu fosse tua garantida. Mas digo-te já, que não, não sou. Fartei-me de ser dependente de toda a gente. De depositar a máxima confiança nas pessoas, e depois elas me desiludirem. De me colar muito às pessoas, e elas se aproveitarem de mim. Estou farta, farta de tudo o que fazias. Por isso, acho que isto foi a melhor escolha. Deixarmos de falar, de partilhar qualquer tipo de coisas. Apagar as mensagens, os comentários, e tudo o que me lembrasse de ti, como tu provavelmente fizeste comigo. Digo-te que em tempos foste das melhores pessoas, mesmo. Mas as pessoas mudam, e pelos vistos, muito rápido até. Não te digo um adeus, mas talvez um, vemos-nos por aí.

18/06/2011

as pessoas mudam

Fartei-me de ser sempre eu a meter conversa contigo. Fartei-me de estar sempre atrás de ti. Fartei-me de te desculpar vezes sem conta. Fartei-me das tuas atitudes. Das tuas palavras. Das tuas conversas. Das tuas azias. Das tuas securas. Fartei-me de tudo. Desta vez, não vou ser eu quem vou atrás de ti. Não vou ser eu a meter conversa contigo. Não vou. E se nunca mais me falares, acredita que também não vou ser eu a falar. Não penses que me tens garantida, porque a verdade é que « tinhas », já não tens. Simplesmente imensa coisa mudou, e tu sabes disso. A coisa que mudou mais, foste mesmo tu. Eras das pessoas mais verdadeiras que conhecia, e agora tens atitudes de falso. Dizias-me sempre a verdade, agora andas a mentir. Eu já não te conheço de todo. Já gostei de ti, demasiado até, mas isso mudou, felizmente. Agora só te dás com pessoas falsas. E tudo o que te conto, essas pessoas sabem. Como me podes garantir que não lhes contas a minha vida toda? Como é que eu sei? Eu já perdi toda a confiança que tinha para contigo. Nem sei se algum dia vou voltar a confiar em ti. Não és definitivamente o Francisco que eu conheci há 10 meses, não és. O antigo Francisco dava-me os melhores conselhos. Ligava-me quando estava mal. Ouvia todas as minhas histórias. Mandava-me mensagem logo de manhã. Apoiava-me em tudo. Abria-me os olhos. Fazia-me rir em qualquer circunstância. Não errava comigo. Pedia-me desculpa por chamada. Chorava comigo. Era super querido. E agora? Tornou-se arrogante, aziático, revoltado, rei das securas, anti-social, não tem paciência para mim, não me ouve, não me liga nem manda mensagem, não fala comigo como dantes, não é de confiança, é mentiroso, falso, e tudo mais. Lembra-te, quem foi a pessoa que esteve sempre a teu lado? Que te ouviu quando estavas mal? Que te ligou quando choravas? Que sempre te apoiou? Que nunca te deixou? Que perdoou todos os teus erros? Que te amou mais que tudo? Que se preocupou contigo como ninguém? Pois, fui eu. Nunca pensei que as pessoas pudessem mudar assim para tão pior. Nunca pensei. E tu mudaste, realmente mudaste, como todos mudam, mas não foi para melhor de certeza. Tenho saudades do meu melhor amigo, que agora não me é nada. Pois é, em tempos foste o melhor do mundo. Preocupavas-te tanto. Agora não queres saber de mim. Mas sabes que mais? Isso já não me importa. Chorar por ti, nunca valeu de nada. Simplesmente, deixaste de fazer parte da minha rotina, e já nem dou pela tua falta na minha vida. Não posso dizer que te esqueci, porque não, não me esqueci de ti, nem de nada do que passámos, mas tento apagar-te aos poucos. De qualquer forma, estás feliz agora. Com todos os falsos e falsas. E desejo-te o melhor. Porque me deste os melhores 10 meses. Quando te lembrares de mim, será tarde de mais.

14/06/2011

never forget

Posso chamar-vos milhares de nomes horríveis. Posso dizer que vos odeio, e que estou farta de vocês. Posso errar muito, e ter atitudes super infantis. Posso dizer para me deixarem que estou na azia, ou alguma coisa parecida, mas agora que o ano está a acabar, é que eu vejo que o ano está mesmo a acabar. Que toda esta, por assim dizer, rotina, vai acabar. Estava tão habituada a chegar à escola e ver os mesmos estúpidos de sempre, a desejar-me bom dia, e a dar-me abraços. Já estava tão habituada a vocês, ao "à vontade" que eu tinha ao vosso lado. Confiava-vos tanto, mas tanto. Eram a minha família, a minha tropa, e eu ainda nem acredito que nos vamos separar. A maior parte vai chumbar, ou mudar de escola. Mas acreditem, que eu nunca me esquecerei de vocês. Mudaram-me completamente. Fizeram-me crescer, mas fizeram mesmo. Quem me dera que isto durasse para sempre. Quem me dera poder ver as vossas parvoíces, e rir-me como nunca ri, todos os dias! Pois é, é porque só este ano descobri o limite da minha gargalhada. A gargalhada que dava todos os dias, graças a vocês. Por muito mais que diga que vos odeio, eu amo-vos, com todo o meu coração. E cada um de vocês me marcou, à sua maneira. São todos diferentes, com feitios e personalidades completamente diferentes, mas eu amo como são, e nunca me esquecerei de nada nem de ninguém. No futuro, vou lembrar-me dos velhos tempos. Do terrível 7ºA que todos os stores pensavam que odiavam. Porque lá no fundo, nós fazemos com que as aulas sejam muito mais divertidas, e os stores adoram-nos. Do 7ºA que ficou marcado dentro de cada um de nós. Talvez marcado das piores maneiras, porque só a fazer porcaria é que somos a TROPA. Foram 10 meses ao vosso lado, parece que o tempo passou a correr. E isso deixa-me muito em baixo mesmo. Bem, já sabem, vemos-nos por aí. Até lá, desculpem, amo-vos e OBRIGADA ♥

04/06/2011

if you ever come back

O tema é sempre o mesmo, já escrevi para ti milhares de vezes. Apaguei tudo. Talvez por serem memórias que queira apagar, ou talvez não. Talvez te queira esquecer, e esquecer o que fomos um para o outro, apesar de não o conseguir fazer, facilitava muito as coisas. Não aguento ouvir pessoas à minha volta a dizer o teu nome. Não aguento passar por ti, e nem sequer te abraçar, como dantes. Não aguento ouvir a tua voz, porque simplesmente lembra-me quando me sussurravas ao ouvido. Não aguento ver-te a olhar para outras raparigas, quando por uns tempos, como dizias "só tenho olhos para ti". Não aguento ver-te a sorrir, sem ser para mim. Não aguento estar longe de ti, irás voltar?




"They'll be a smile on my face and the kettle on. And it will be just like you were never gone. They'll be a light in the hall and the key under the mat. If you ever come back"