04/09/2011

Hoje era o teu dia. Desculpa não te ter ido ver. Desculpa mesmo. Mas tu sabes, como eu sei, que te dei os parabéns, e rezei por ti. Para que estivesse tudo bem, "aí em cima". Para que Deus te estivesse a proteger, e que estejas muito melhor aí do que aqui. É verdade, chorei. Não consegui resistir. Foi mais forte que eu. Ler o pequeno papelinho com uma foto tua, ao lado da minha cama, em que o texto começa "Se me amas, não chores!". E chorar foi a primeira coisa que fiz. Desculpa. Mas não me despedi bem de ti. Valias muito mais do que aquilo que pensavas. Nunca pensei muito no dia em que partisses, pois não gosto de pensar nessas coisas. Só quero é que nunca aconteçam. E quando te vi, super mal, nem queria acreditar. Que infelizmente o dia tinha chegado. Foi muito difícil para mim, como para a avó. E o que me fez mais chorar foi mesmo ver o estado em que a avó estava. Apesar de ela ter sido sempre resmungona para ti, eras tudo para ela. Agora vive sozinha, dorme sozinha, come sozinha. Sem ti. E vê-la assim, é doloroso. Fazes-me tanta falta, abú. Abú, foi o que sempre te chamei. E tu chamavas-me "cucudá", lembras-te? Oh, há quanto tempo não ouço esse nome. Tenho tantas saudades tuas! Fazes muita falta, mais do que tu pensas. Mas deixa-me feliz o facto de estares melhor. Não sentires as terríveis dores que sentias. Tu sabes que eu gostava imenso de ti, sempre gostei. Eras o meu avôzinho. O único que tinha. Muitos Parabéns, abú.


Para sempre no meu coração, tu sabes. Parabéns, amo-te muito avô. 

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